A presença de crianças com deficiência é cada vez mais freqüente na educação infantil, um direito que deve ser garantido não pela simples inserção da criança na escola, mas por ações, como práticas pedagógicas inclusivas. Corroboramos com Carvalho (2004) que, uma educação de qualidade é a que promove a aprendizagem e a participação de todos, sem distinção. No entanto, observa-se que muitas escolas de educação infantil se limitam a práticas de leitura e escrita com cópias mecanizadas de letras e números, e por vezes, com marcante uso de livros didáticos (Manfredo, 2005), o que pode constituir-se como barreiras à inclusão. Nesse sentido, busca-se compartilhar uma experiência inclusiva, vivenciada em uma turma com crianças de 3 a 4 anos de idade de uma escola de Belém/PA, da qual faz parte um aluno com Síndrome de Down (SD). O objetivo deste trabalho foi identificar como as práticas pedagógicas lúdicas podem tornar-se facilitadoras do processo de inclusão na educação infantil, ao possibilitarem à criança com SD a participação nas mesmas atividades e processos formativos que as demais. O método utilizado foi um estudo exploratório, de caráter qualitativo, que se desenvolveu com a execução de um projeto que tinha a ludicidade como estratégia didática, e atividades como: a música, os jogos, a contação de histórias e as brincadeiras. Dentre os resultados notou-se que: com a utilização de atividades lúdicas o professor incluía a todos; a criança com SD teve facilidade de interação e socialização; não foi necessária a adaptação de atividades; as brincadeiras e jogos oportunizaram a exploração de conteúdos conceituais e o respeito às diferenças. Concluiu-se, com base nos estudos de autores como Rau (2011) que as atividades lúdicas podem atender a diferentes objetivos e estilos de aprendizagem, facilitando, portanto, o processo de inclusão na educação infantil.