Este trabalho aborda como temática a formação de educadores musicais em uma perspectiva de inclusão, justificada pela obrigatoriedade do ensino de música nas escolas e a demanda de capacitação inicial e continuada adequada para a identificação e atendimento dos alunos considerados Público Alvo da Educação Especial. O estudo problematiza a coerência das condições de avaliação ofertadas aos licenciandos em música em nível nacional, visto a necessidade de qualificação profissional dos professores de diversas áreas para efetivação de práxis inclusivas na escola. Para isso foi realizada uma análise documental com cinco edições do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) aplicadas até o momento para os cursos de Música e com políticas que fomentem a necessidade de capacitação adequada para realização do atendimento educacional. Foi verificada o nível de ocorrência de questões com conteúdos relacionados à inclusão nos exames e realizado uma análise comparativa entre as edições e a legislação consultada. Os resultados reforçam a existência de uma específica lacuna da formação docente e podem fornecer subsídios para reflexão sobre a influência dos conhecimentos contemplados no Enade para os direcionamentos dos conteúdos e tópicos curriculares desses cursos, fatores que se relacionam com o nível de qualificação profissional para práticas educacionais inclusivas.