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DEFICIÊNCIA INTELECTUAL: DISCUTINDO SOBRE A SEXUALIDADE
Última alteração: 2018-04-13
Resumo
A sexualidade como parte fundamental de todo e qualquer ser humano, tem haver com a cultura em que um indivíduo vive. Assim o deficiente intelectual (DI) como todo ser humano, vivencia as mesmas mudanças corporais e tem seus impulsos sexuais, não menores ou maiores do que os de outras pessoas, mas iguais aos delas, portanto, tem a necessidade de expressar os seus sentimentos (FERNANDES e OLIVEIRA, 2017). Desta forma, o trabalhado apresenta algumas inquietações vivenciadas no contexto pedagógico da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais-APAE de Belém, com o objetivo de analisar os saberes e experiências que os alunos com DI trazem sobre a sexualidade, bem como, compreender de que forma a família trata sobre a temática em questão com seus filhos. O método utilizado baseou-se na pesquisa-ação, desenvolvida por meio de relatos de experiências, a partir da interação e do diálogo de 10 alunos com DI, sendo 5 do sexo feminino e 5 do sexo masculino, na faixa etária de 18 a 22 anos, com seus pais ou responsáveis, considerando esta, por ser a de maior evidência de casos vivenciados no contexto das ações e medições diárias, sobre a problemática da sexualidade. Os resultados mostram o conhecimento que os alunos trazem de vida e a sua relação com a família, apontam a dificuldade dos pais em lidar com a sexualidade na educação de seus filhos com DI, sentindo-se inseguros, pela falta de informações e orientações em como tratar essas questões no seu convívio familiar. Conclui-se então, que a discussão sobre o tema ainda vem sendo acompanhada de alguns tabus e por consequência práticas repressivas, pois muitos pais não percebem as necessidades sexuais dos filhos, vendo-os como imaturos, uma eterna criança, negando ao seu filho a chance de desenvolver suas potencialidades, viver experiências no âmbito afetivo e sexual e integrar-se socialmente.
Palavras-chave
Sexualidade. Deficiente Intelectual. Família.