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A ARTE-EDUCAÇÃO AMPLIANDO POSSIBILIDADES PARA A CRIANÇA COM TEA
Última alteração: 2018-04-13
Resumo
Introdução: a Arte-educação tem se apresentado como área de grande relevância no atendimento de pessoas com deficiência, considerando seu enorme potencial em ampliar as capacidades de expressão do indivíduo. Objetivo: descrever os procedimentos utilizados em atendimentos individualizados de Arte-educação com crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Método: os atendimentos são indicados por profissionais da reabilitação ao identificarem déficits no desenvolvimento de habilidades senso-perceptivas e motoras de crianças com TEA. A partir da indicação do atendimento, faz-se entrevista inicial com os pais, com o objetivo de identificar interesses pessoais da criança, suas preferências sensoriais e a expectativa em relação ao atendimento. Tendo por base as informações coletadas com os pais e os profissionais, são definidos os materiais e as técnicas artísticas que melhor podem atender as necessidades da criança. São realizados trabalhos com desenho, pintura, recorte e colagem, modelagem e dobraduras, utilizando materiais diversos, que se moldam na linguagem artística, a partir do respeito às escolhas da criança e da mediação do arte-educador. Na interação com a criança, são utilizados estratégias e sistemas de comunicação suplementar e/ou alternativa e técnicas de manejo comportamental, considerando as dificuldades de ajuste ao ambiente e ao interlocutor que são impostas pelo autismo. Resultados: as crianças atendidas têm demonstrado satisfação em ter, ao final de cada atendimento, seu trabalho artístico finalizado. Além disso, têm-se notado aceitação mais rápida de novos materiais, melhora qualitativa na exploração sensorial, maior utilização de meios não-verbais de expressão, aumento no repertório de habilidades motoras manuais e na precisão de movimentos finos de mãos. Conclusão: a Arte-educação tem ampliado o desenvolvimento de habilidades senso-perceptuais, motoras e comunicativas das crianças atendidas, indicando que o contato sistematizado com a Arte, como atividade lúdica e que respeita a expressão livre do indivíduo é de significativa importância para crianças com TEA.
Palavras-chave
inclusão; autismo; arte-educação