Introdução: A interface entre a educação especial e a educação escolar indígena já é uma preocupação apontada desde a Política Nacional da Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008). Entretanto, pouco se sabe sobre a efetivação dessa interface nos territórios indígenas.  Objetivo: O objetivo desse trabalho é compreender o que se tem pesquisado sobre o processo inclusivo de pessoas indígenas com deficiência analisando a interface entre a educação especial e a indígena. Método: A pesquisa seguiu os moldes de uma pesquisa qualitativa, exploratória bibliográfica, a partir de teses e dissertações disponíveis no banco da CAPES que estivessem relacionadas a interface educação especial com educação indígena. Para isso, foram utilizadas palavras chave, como educação especial; educação indígena; indígena com deficiência. Resultados: Ao todo foram identificadas 14 (quatorze) pesquisas que fazem a interface entre educação especial e educação indígena, sendo que: 07 (sete) discorrem sobre os indígenas surdos, a utilização de línguas de sinais (Libras e emergentes) e as contribuições linguísticas e culturais à cultura indígena (AZEVEDO, 2015; SUMAIO, 2014; COSTA DE SOUZA, 2013; LIMA, 2013; COELHO, 2011; VILHALVA, 2009; GIROLLETTI, 2008); 01 (um) realiza uma análise sobre o AEE e as políticas relacionadas à educação especial e indígena no estado de São Paulo (SÁ, 2015); 01 (um) apresenta a escolarização de crianças indígenas com deficiência visual (SÁ, 2011); 02 (dois) sobre a formação de professores indígenas (SILVA, 2014; BURATTO, 2010); e 03 (três) descrevem as representações sociais voltadas às pessoas indígenas com deficiência (ARAÚJO, 2014; SOUZA, 2011; SOARES, 2009). Conclusão: As pesquisas apontam para um distanciamento entre a interface entre a educação especial e a indígena bem como a presença de dilemas similares aos encontrados no processo inclusivo dos centros urbanos nos territórios indígenas.