O presente estudo objetivou-se a identificar a opinião de alunos cegos acerca do uso do mapa mental como estratégia de locomoção em ambientes escolares. Seis alunos cegos matriculados no ensino regular (a partir do 5º ano) participaram da pesquisa. O estudo teve caráter descritivo e os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada. Diante da análise, foram identificadas três categorias: 1) pontos positivos do uso do mapa mental nos ambientes externos mais frequentados dentro da escola; 2) pontos positivos do uso do mapa mental nos ambientes internos mais frequentados dentro da escola; e, 3) pontos negativos do uso do mapa mental nos ambientes internos mais frequentados dentro da escola. Os resultados indicaram que o mapa mental era constantemente utilizado pelos alunos cegos tanto em ambientes externos quanto em ambientes internos. Seu uso foi fundamental para que eles conseguissem se orientar com maior autonomia e independência nos ambientes escolares. Além disso, o mapa mental foi destacado como complementar às outras estratégias de locomoção, tais como, rastreamento, guia vidente e bengala, principalmente, em ambientes internos onde não havia uma organização sistemática dos móveis. Nesse sentido, conclui-se que o mapa mental é essencial para a locomoção de alunos cegos e que a sua estimulação – considerando a obtenção dos pontos de referências –deve ser realizada por meio de instruções claras e objetivas. Assim, é preciso que a escola como um todo concentre esforços para que a elaboração do mapa mental seja realizada da maneira mais completa e segura possível, valorizando assim, a autonomia e a independência da locomoção destes alunos nos ambientes escolares.