Introdução: As modificações sociais atuais configuram novas linhas para várias esferas da sociedade, inclusive para a educação, evidenciando inovações na gestão educacional e gestão escolar, e assim dando à escola novas atribuições e um novo perfil de gestor escolar. A presença de alunos do público-alvo da educação especial na escola gera ainda maiores desafios ao gestor escolar, principalmente, no que diz respeito ao trato da diversidade. Objetivo: Identificar qual a concepção dos gestores escolares sobre a inclusão escolar em relação à diferença e à diversidade. Método: Optou-se pelo procedimento do grupo de discussão. Os participantes foram 26 gestores de escolas municipais de uma cidade do norte do estado do Paraná. O convite para participação foi feito por meio de carta-convite, entregue pessoalmente dez dias antes da realização. Os encontros foram gravados em áudio, com assinatura de autorização de todos no Termo de Compromisso Livre e Esclarecido e aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos. Utilizou-se de uma dinâmica que estabeleceu-se em entregar uma folha com uma forma geométrica pentagonal para cada gestor indicando que essa seria a escola. E logo em seguida, uma outra folha com uma forma geométrica diferente, e com extremidades maiores, que representava o aluno. Era preciso que o aluno ficasse dentro da escola, e para isso era permitido usar de diversos materiais (cola, canetinha, tesoura, fitas adesivas, etc) para conseguir incluir o aluno na escola. Resultados:Os resultados demonstraram que 80,77% mudaram o aluno (cortando ou dobrando) e apenas 19,23% mexeu na escola para lidar com o aluno diferente. Conclusão: Verifica-se que a diversidade do aluno ainda não é respeitada nem valorizada pelos gestores escolares. Carece de um conceito de inclusão para a maioria dos gestores, pois ainda é predominante a ideia de que é o aluno que precisa mudar para se adequar à escola, concebendo, portanto, esse aluno como um problema para a escola.