Última alteração: 2018-04-13
Resumo
A prevalência de burnout em professores representa prejuízos para uma educação de qualidade, dado que, o processo de adoecimento impacta nas práticas de ensino e nas relações interpessoais, ou seja, gera danos em âmbito pessoal e coletivo. Contudo, poucas investigações têm por objeto de estudo a síndrome do esgotamento profissional em docentes da educação especial. Objetivo: Levantar a presença de indicadores de burnout em professores da educação especial em um município do interior do estado de São Paulo. Método: Realizado um levantamento descritivo com 9 educadores de um centro de atendimento educacional especializado, os quais responderam a um Questionário Geral com foco em aspectos sociodemográficos e ao Inventário da Síndrome de Burnout (ISB), as pontuações obtidas foram submetidas a estatística descritiva e os escores foram classificados com base no critério estabelecido no manual. Resultados: Determinados fatores pessoais e laborais favoreceram o estresse ocupacional, mas apenas 11% dos sujeitos indicaram burnout enquanto 89% não apresentaram problemas. Quanto as dimensões, a exaustão emocional registrou maiores taxas, seguido de distanciamento emocional e desumanização, apesar dessa incidência nenhum educador registrou baixa realização pessoal. Conclusão: As variáveis idade, formação, número de alunos e jornada laboral foram relacionadas a síndrome e consistiram nas principais adversidades que necessitam de apoio, aprimoramento e até mesmo rever as situações passíveis de modificações. Portanto, tais informações podem ampliar o conhecimento no assunto, suscitar novas pesquisas e junto com outros estudos nortear ações de melhorias aos professores, seja do ensino especial ou regular.