Introdução: A inclusão de alunos considerados Público-Alvo da Educação Especial nas escolas do campo é política recente no cenário brasileiro. Neste contexto, entende-se relevante a imersão no cotidiano para compreensão das práticas pedagógicas voltadas à inclusão dos alunos PAEE. Objetivo: Este trabalho visa relatar o processo de alfabetização/letramento de uma aluna diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA) incluída no 4º ano do Ensino Fundamental de uma escola do campo na Região da Grande Dourados/MS. Método: Trata-se estudo qualitativo, desenvolvido por meio de uma pesquisa colaborativa, iniciada em meados do ano de 2017, tendo como lócus de atuação uma escola do campo, vinculada à rede estadual de ensino, na Região da Grande Dourados/MS. Até o momento, foram realizadas análises da documentação institucional e observações do trabalho pedagógico realizado com a aluna considerada com TEA. Resultados: Os dados evidenciam uma preocupação da escola com a problemática da inclusão, com previsão em seu Projeto Político-Pedagógico e provisão de serviços de apoio especializados aos alunos público-alvo da Educação Especial. As observações indicam dificuldades da aluna com TEA na leitura e escrita, que possui um professor de apoio para auxiliá-la nas atividades, que, por sua vez, acaba, quase que exclusivamente, se responsabilizado pelo processo educativo da aluna. Assim, relações de saber-poder entre professor regente e professor de apoio se estabelecem sutilmente, como se este fosse o responsável pela aluna com TEA e aqueles pelos demais alunos. Conclusão: Em face do exposto, o estudo tem investido na proposta do ensino/consultoria colaborativa como uma  alternativa viável e promissora, como uma forma de ultrapassar a lacuna encontrada entre o professor regente e o professor de apoio, de modo que estes, planejem, executem e avaliem o ato pedagógico conjuntamente, podendo favorecer não somente o rendimento educacional da estudante com TEA, mas de todos os alunos da sala.