Introdução: As políticas de inclusão faz-nos repensar sobre as práticas voltadas à criança pequena, visto que ingressam na escola cada vez mais cedo. Consequentemente, à reflexão sobre a formação de professores que atuam nessa etapa da Educação básica. Dentre as práticas voltadas a esta faixa etária, a atividade lúdica é uma linguagem infantil que possibilita a promoção da aprendizagem e o desenvolvimento da criança, como consideram as pesquisas piagetianas sobre o tema. No entanto, quando se trata do brincar infantil na Educação Especial, muitas perspectivas a abordam apenas enquanto espaço terapêutico ou enquanto uma expressão que deve ser vista em seu caráter espontâneo na escola. Objetivo: Identificar como as pesquisas apresentam tais práticas quando relacionam Educação Especial, Educação Infantil e brincar no âmbito escolar. Método: Este trabalho é parte de uma pesquisa de mestrado que se dispôs investigar a interface entre Educação Especial, Educação Infantil e o brincar em produções científicas acadêmicas brasileiras. Sob o aspecto metodológico, nosso trabalho caracteriza-se como pesquisa quantitativa e qualitativa, estruturada por meio de uma análise bibliométrica nos bancos de dados do IBICIT e CAPES. Resultados: Os resultados mostraram que a produção na área da interface iniciou em 1996, com um número reduzido de 1 pesquisa, e chegou a 2016 com um total de 44 produções. Deste total de trabalhos, 32 são dissertações de mestrado e 12 de tese de doutorado, a maioria (52%) desenvolvida em Programa de Pós-Graduação em Educação Especial, sendo 34 trabalhos produzidos na região Sudeste. Outro dado identificado consiste na feminização da área pesquisada por orientandos e orientadores. Conclusão: Os resultados ainda são parciais, porém permitem compreender que é de interesse de pesquisadores e apresenta número crescente nos últimos anos, em relação a pesquisas relacionadas a interface da Educação Especial, Educação Infantil e o brincar nas produções científicas acadêmicas publicadas no Brasil.