XIV JORNADA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL E II CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA, XIV JORNADA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL E II CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA

Tamanho da fonte: 
A LUDICIDADE NO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO: UMA EXPERIÊNCIA COM CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL
Edith Gonçalves Costa, Kássia Cristina da Silva Raiol, Ana Cristina Pimentel Carneiro de Almeida

Última alteração: 2018-04-13

Resumo


O Atendimento Educacional Especializado (AEE) à pessoa com Deficiência Intelectual requer práticas pedagógicas que possam atender às necessidades de um público diversificado, dentre eles as pessoas com Paralisia Cerebral (PC), que além de desordens motoras podem também apresentar comprometimentos cognitivos. Este trabalho traz uma experiência vivenciada com uma aluna de 10 anos de idade com PC que frequenta o AEE da APAE/Belém. Trata-se de uma prática pautada na Teoria Sócio-Histórica de Vygotsky (1984) e nas concepções sobre ludicidade de autores como Kishimoto (2008) e Rau (2011). Objetivou-se demonstrar como as atividades lúdicas no AEE podem contribuir para o desenvolvimento da criança com deficiência, em aspectos como o cognitivo, social, afetivo e psicomotor. O método empregado foi o de pesquisa-ação e baseou-se em priorizar atendimentos em duplas, com vivências em um ambiente lúdico de aprendizagem, que lhes oferecia o contato com brinquedos, brincadeiras, jogos e contação de histórias, tendo a professora o papel de mediadora no processo de interação da criança com o meio. As observações foram registradas por meio de fotos e anotações em diários. Os resultados apontaram que a interação da criança com PC com outra criança, com deficiência diferente da sua, foi importante para o processo de socialização, e para que juntas, pudessem compartilhar experiências sobre o brincar; que as vivências envolvendo a brincadeira e a contação de histórias favoreceram o processo de atenção, concentração e percepção durante as brincadeiras, e consequentemente, a tolerância para permanecer na sala de atendimento também aumentou, fazendo com que a criança fosse substituindo o choro inicial por sorrisos, dando respostas positivas aos estímulos recebidos. Concluiu-se, deste modo, que as atividades lúdicas no AEE podem oferecer possibilidades de aprendizagem, como também, estimular a autoestima, o prazer e a diversão em crianças com Paralisia Cerebral.


Palavras-chave


Educação Especial. Ludicidade. Paralisia Cerebral.