XIV JORNADA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL E II CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA, XIV JORNADA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL E II CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA

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KIT DE LEGUMES MINIMAMENTE PROCESSADOS LÚDICOS DESTINADOS AOS PORTADORES DE TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)
Juliana Audi Giannoni, Flavia Maria Vasques Farinazzi-Machado, Adriana Maria Ragassi Fiorini, Elisângela De Fátima Bento

Última alteração: 2018-04-12

Resumo


Introdução: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma síndrome que pode ser percebida por mudanças precoces no comportamento, sendo notada antes dos três anos de idade, e embora seja diferente para cada criança, os portadores do TEA tendem a ser seletivos e fazem resistência ao novo, bloqueando as novas experiências alimentares. Objetivo: elaborar um kit de legumes minimamente processados lúdicos (LMPL) embalados a vácuo destinados aos portadores do TEA. Método: os kits foram compostos por abóbora, batata baroa, batata inglesa e cenoura, manipulados no Laboratório de Processamento de Alimentos da Fatec Marília-SP, seguindo-se as etapas do processamento mínimo, e foram acondicionados em sacos plásticos embalados a vácuo, pesando 90g, e mantidos sob refrigeração a 3°C por 10 dias. Foram realizadas análises microbiológicas e centesimais logo após a montagem dos kits. A análise sensorial por meio de escala facial foi realizada no 3° dia de armazenamento, sendo aplicada aos jovens frequentadores da Escola Estruturada para Autistas “Espaço Potencial”, da cidade de Marília, SP, os quais realizaram o consumo acompanhados por responsáveis que preencheram um questionário de interesse.  Resultados: Não houve contaminação microbiológica no kit de (LMPL) a vácuo, para presença de coliformes totais e termotolerantes, salmonelas, bolores e levedura. Os valores da composição centesimal encontraram-se compatíveis aos da literatura citada, e o kit apresentou 2,5% de fibras totais. Os testes de aceitação de escala hedônica facial apresentaram resultados satisfatórios e houve aceitação do produto, visto que 48,9% referiram “gostar muito” dos kits. Ainda, de acordo com o questionário, 39,53% dos autistas apresentaram-se entusiasmados ao verem e tocarem os kists e mais de 50% dos avaliados consumiram bem os legumes.  Conclusão: o kit de LMPL a vácuo apresentou boas práticas higiênico-sanitárias, aceitabilidade de 70% e vida útil de 10 dias armazenado a 3°C.


Palavras-chave


autistas; alimentação inclusiva; sensorial