Desde1990, por meio de recomendações internacionais e nacionais, a inclusão escolar de alunos público alvo da educação especial surge no Brasil atingindo, nos últimos anos, o ensino superior. Cabe, portanto, às instituições e aos docentes do ensino superior, promover condições de acesso, permanência e aprendizagem para esse alunado. Nesse contexto, a pesquisa pretendeu investigar a concepção de professores universitários acerca da inclusão do aluno público alvo da educação especial no ensino superior, identificando aspectos da sua formação, as condições e os apoios oferecidos pela universidade para atender tais alunos. Participaram da pesquisa os professores universitários da Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC), Unesp, composta por nove cursos de graduação. Foi realizado estudo de natureza descritiva, com base na análise quantitativa e qualitativa dos dados coletados via questionário em plataforma online. Os resultados indicaram que apesar dos docentes se mostrarem favoráveis e receptivos a política educacional inclusiva, sentem-se inseguros para ensinar alunos que apresentam necessidades educacionais especiais. Isso porque apesar de terem tido, em sua maioria, uma formação teórica a respeito da educação inclusiva, não tiveram formação ou experiência prática sobre o ensino para alunos com deficiência, transtornos do espectro autista e alunos com altas habilidades/superdotação. Verificou-se ainda que a instituição de ensino superior não está devidamente preparada nem para atender tais alunos, como também, para dar suporte aos professores que tem enfrentado essa nova realidade.