O processo de escolarização de estudantes público alvo da Educação Especial - PAEE -  em ambientes comuns de ensino tem sido ampliado nas últimas décadas em virtude de mudanças políticas e paradigmáticas que reafirmam o direito à educação de todos os alunos.  Mediante a complexidade desse processo de reorganização dos serviços de educação especial na perspectiva da educação inclusiva o Ministério Público de uma cidade de porte médio no interior do Estado de São Paulo propôs, por intermédio do GEDUC (Grupo de Atuação Especial de Educação), parceria com três 3 universidades públicas da região no sentido de promover a discussão com 22 munícios sobre a educação especial. O trabalho das universidades e do Ministério a partir dessa parceria ocorreu em duas etapas: 1ª) caracterização da realidade dos 22 munícipios em relação às políticas e serviços de atendimento do público alvo da educação especial e de formação de professores na perspectiva da educação inclusiva e 2ª) desenvolvimento de um programa de formação de gestores educacionais e professores visando subsidiá-los para a implementação de políticas de educação especial e de educação inclusiva e para desenvolver a formação permanente dos professores. Este estudo, de abordagem quanti-quali tem como objetivo analisar os dados referentes à primeira etapa. Portanto, objetiva analisar como a educação especial está configurada nos 22 municípios.  Como instrumento de coleta de dados foi utilizado um questionário. Os dados mostraram que a educação especial está organizada de maneira muito diversificada em cada município considerando os serviços oferecidos para o atendimento dos alunos PAEE, a existência ou não de uma política municipal de educação especial em uma perspectiva inclusiva, a existência de convênios e parcerias com setores privados para o desenvolvimento do atendimento e da formação permanente de professores, dentre outros.