Uma educação verdadeiramente inclusiva está relacionada à ruptura de barreiras atitudinais, concepções e paradigmas construídos historicamente. Nesse processo, torna-se possível a construção de uma filosofia que reconhece e aceita a diversidade na vida em sociedade. No que se refere aos alunos com deficiência intelectual, a adaptação curricular faz-se fundamental para uma efetiva inclusão, voltada não apenas à inserção em sala de aula, mas ao êxito e permanência escolares. A presente pesquisa teve por objetivo: investigar a concepção de professores sobre adaptações curriculares para alunos com deficiência intelectual na rede regular de Ensino Fundamental. O projeto de pesquisa foi encaminhado ao Comitê de Ética da UFSCar. A coleta de dados junto aos professores das salas comuns foi realizada em uma instituição escolar privada e com professores da rede Pública de Ensino Fundamental em um município de pequeno porte do interior do estado de São Paulo. Para alcançar o objetivoo proposto, os participantes responderam a uma entrevista semiestruturada que foi gravada e transcrita. O material coletado e transcrito foi lido e separado de acordo com as falas de cada participante. Por meio do instrumento elaborado para coleta de dados foi realizado o procedimento de Análise de Conteúdo (BARDIN, 1977), a fim de obter descrições sistemáticas e qualitativas. Como resultados, foi possível notar que os professores usam adaptações curriculares de acordo com os seus conhecimentos, dos nove entrevistados, seis declararam explicitamente algum tipo de adaptação seja na forma de explicar, nos materiais utilizados, em seu planejamento. Somente um professor assumiu que não tem tempo hábil para preparar e aplicar uma adaptação. Nesse sentido, percebeu-se que a adaptação curricular é um dos muitos aspectos relacionados à discussão acerca da inclusão escolar, que mais do que ser teorizada dentro da academia, precisa chegar até às salas de aula