Última alteração: 2018-04-16
Resumo
Introdução: Os pais são grandes aliados na inclusão escolar, sendo a força estimuladora e reivindicadora, que exigem o melhor para seus filhos (MNTOAN, 2006). Pensar, portanto, os pais como sujeitos que vivenciam o processo de inclusão escolar juntamente com seu filho com deficiência, fazem deles mediadores indispensáveis para se conhecer a realidade.Objetivo: Apresenta-se um recorte de estudo em andamento que objetiva identificar e comparar a percepção sobre inclusão escolar de mães de crianças com paralisia cerebral (PC) leve e grave. Método: Participaram quatro mães de crianças com PC, sendo duas mães de crianças com PC quadriplégica grave, e duas mães de crianças com PC hemiparética leve, uma criança com PC grave e uma PC leve estavam inseridas na EI e outras duas, leve e grave, no EF. Duas crianças eram do sexo feminino, e duas do sexo masculino, à faixa etária delas variou de três a oito anos. Os dados foram coletados por meio de um roteiro de entrevista semiestruturado e analisados qualitativamente. Resultados: Os resultados apontaram que as mães não compreendem o significado da inclusão escolar, bem como os direitos da criança. As verbalizações apontam que para as mães das crianças da EI a convivência de seus filhos com outras crianças é mais importante do que o conteúdo pedagógico. Já as mães das crianças do EF, tanto leve quanto grave, demonstraram preocupação com o conteúdo pedagógico e com a alfabetização de seus filhos, devido à possibilidade de retenção das mesmas. Evidenciou-se também, que as mães das crianças com PC leve, apresentaram-se angustiadas com relação à superproteção e minimização das potencialidades de seus filhos pelo cuidador escolar, segundo elas, os mesmos tendem a interferir na autonomia da criança no ambiente escolar. Conclusão: Os resultados sugerem que as mães entrevistadas apresentaram satisfação quanto ao fato de o filho estar na escola regular, porém não demonstraram clareza quanto ao processo de inclusão escolar.