Esse trabalho teve como propósito enfatizar os aspectos sociais de pessoas com deficiência visual no seu dia a dia. Devido aos obstáculos encontrados no espaço dentro e fora da própria família, muitas vezes a inclusão é uma atitude pouco comum na sociedade. O nosso objetivo foi identificar as questões ocupacionais desse público para com seu modo de vida e aspectos de atuação da Terapia Ocupacional nesse contexto. O trabalho foi realizado por meio de busca bibliográfica em um dos principais periódicos de Terapia Ocupacional, a saber: Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional (UFSCar). A busca teve foco na deficiência visual e seu espaço na sociedade. Assim, foram abordados os pontos identificados nos textos-base de acordo com cada situação e perfil pessoal, envolvendo aspectos individuais, em casos como a própria aceitação acerca da perda parcial ou total da visão. Além disso, foi dada ênfase às atividades de vida diária, pensando nas implicações sociais nelas envolvidas e da atuação da Terapia Ocupacional. Após as análises feitas, foi possível identificar em relação aos aspectos individuais: surgimento de problemas pessoais diante da deficiência visual, como por exemplo, ansiedade, dificuldades de autoaceitação, depressão, isolamento social, dentre outros. Foram identificadas, ainda: dificuldades arquitetônicas; inferioridade em relação às pessoas que enxergam; dificuldades de mobilidade, desde sair de casa até o local de destino. Em relação à atuação da Terapia Ocupacional com esse público foram identificadas algumas atividades realizadas, tais como: treinamento de autonomia com uso de bengala e atividades em grupo, com foco, principalmente, na aceitação da perda visual. Desse modo, conclui-se que é fundamental o auxílio do Terapeuta Ocupacional para o suporte nos papeis ocupacionais, tornando assim mais eficaz a realização das atividades do cotidiano e que favorecem aspectos de sua inclusão social. Essa atuação também pode favorecer as relações afetivas.