O presente trabalho tem como objetivo analisar as contribuições iniciais de um trabalho na Educação inclusiva a partir de uma perspectiva interdisciplinar ao se atender alunos autistas durante as atividades propostas e nos diálogos com docentes que também os atendiam. Assim, optamos pelos estudos de Zulian e Freitas (2001) evidenciando gestos docentes diante dos desafios criados pela inclusão para verificar de que maneira a lei pôde ou não garantir a permanência com a qualidade necessária, Morin (2011) ao tratar dos meios para enfrentar a incerteza da ação, já que isso também faz parte dos gestos docentes que se veem em situações de tomada de decisão ao longo da sua carreira. Schön (1992) contribui ao tratar da necessidade de se refletir a respeito da sua prática diante das mais diferentes situações que integram o fazer docente e os estudos de Bakhtin (2002) pelo fato de o estudioso considerar que toda compreensão como carregada de responsividade na qual os docentes assumem suas atribuições tornando mais efetivo o trabalho com os alunos com deficiência. A metodologia se baseou na pesquisa-ação a partir de uma abordagem qualitativa. O contexto selecionado foi uma escola pública, no período de 26 de fevereiro a 9 de março, em uma turma de 4º ano composta por 28 alunos, sendo um deles com diagnóstico de autismo moderado. A investigação envolveu a literatura infantil a partir da obra Lilás: uma menina diferente, de Mary E. Whitcomb, conteúdos de ciências, matemática, história e geografia. As etapas envolveram diferentes desafios para os alunos. Os resultados preliminares têm evidenciado que o trabalho com a literatura infantil em uma perspectiva interdisciplinar favorece a inclusão contemplando diferentes aprendizagens, proporcionando aos alunos dos Anos iniciais maior compreensão da realidade a partir de um diálogo efetivo mais próximo do seu cotidiano na relação com saberes mais globais.