XIV JORNADA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL E II CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA, XIV JORNADA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL E II CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA

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CONCEPÇÕES DE DEFICIÊNCIA EM UNIVERSITÁRIOS
Lucia Pereira Leite, Giovana Rezende Vieira

Última alteração: 2018-04-12

Resumo


A forma como os sujeitos compreendem a deficiência influencia as ações dirigidas à pessoa com deficiência (PCD), portanto, faz-se importante a investigação das concepções de deficiência dentro do ambiente universitário, tendo em vista que estas poderão conduzir as relações sociais e as possibilidades de participação da PCD no contexto universitário. Dessa forma, o presente estudo procurou investigar como a deficiência é compreendida por estudantes universitários e comparar os resultados obtidos em função de variáveis como concepção, área de atuação, curso, período da graduação, faixa etária e gênero. A coleta dos dados se deu pela aplicação da Escala de Concepções de Deficiência (ECD) (Leite e Lacerda, 2013) em 325 estudantes de uma universidade pública do oeste paulista, contemplando os cursos: Arquitetura e Urbanismo, Ciências Biológicas, Ciência da Computação, Educação Física, Engenharia Civil, Jornalismo, Psicologia. A ECD é composta por 20 enunciados que retratam quatro concepções distintas de deficiência (social, biológica, histórico-cultural e metafísica), dispostas de maneira randômica. Para a análise de dados, foram realizadas análises estatísticas descritivas e inferenciais. A amostra se apresentou anormal e, portanto, foram utilizados testes não paramétricos para as análises inferenciais. Como resultados, destaca-se que a concepção social de deficiência obteve a maior concordância, seguida da histórico-cultural. Já a concepção biológica apresentou tendência de concordância e a metafísica, discordância. Apesar de a concepção social ter sido a mais assinalada, por meio das análises inferenciais pôde-se verificar, em termos de média, que ainda é baixa a concordância com enunciados relacionados a essa concepção. Isso leva a reafirmar que o fenômeno da deficiência é algo complexo e multideterminado, em que múltiplas explicações cabem para conceituá-lo. Acredita-se que investigações dessa natureza de algum modo trazem à tona a discussão da deficiência no contexto universitário, contribuindo para ampliar e propalar o discurso da inclusão social com futuros profissionais.


Palavras-chave


Concepção de deficiência; Escala; Universidade