Introdução: A família é fundamental no processo de reabilitação das pessoas com anomalias craniofaciais, pois durante este processo desempenha diferentes papeis junto ao paciente, exigindo do profissional da psicologia demandas específicas a cada etapa do tratamento. O psicólogo inicialmente a auxilia no enfrentamento do diagnóstico e manejo de sentimentos, como culpa, raiva e tristeza, que podem influenciar diretamente no tratamento. Posteriormente, este acompanhamento se direciona ao enfrentamento dos procedimentos cirúrgicos, à adequação das expectativas dos resultados e ainda à responsabilidade pelos cuidados do paciente. Desta forma, o profissional da psicologia auxilia a família, durante todo o processo de reabilitação, a se organizar emocionalmente, enfrentando as situações inerentes ao tratamento de forma facilitadora. Objetivo: Relatar as vivências do Psicólogo Residente em Síndromes e Anomalias Craniofaciais no atendimento à família de pacientes com anomalias craniofaciais. Método: Consiste em um relato de experiência. Resultados: A proposta da Psicologia junto à família é atuar de forma preventiva, pois o processo de reabilitação é complexo e prolongado, o que permite acompanhar desde a chegada ao hospital, a preparação para procedimentos cirúrgicos, a realização de exames e os retornos ambulatoriais. O serviço de psicologia acolhe os sentimentos ocasionados pelo diagnóstico de malformação, verifica as expectativas da família frente ao processo de reabilitação e os acompanha ao longo do tratamento, visando facilitar o enfrentamento de todo o processo. Conclusão: O papel do psicólogo no HRAC junto à família consiste em prevenir e intervir conforme as demandas que se apresentem ao longo do tratamento. Outra vertente dessa atuação se volta para a tríade paciente, família e equipe. Compreendendo e intermediando a dinâmica desse vínculo, o acompanhamento psicológico se desenvolve em nome da assistência humanizada.