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A partir da problematização sobre a participação de crianças com deficiência física em atividades de esporte e lazer e o uso de recursos de Tecnologia Assistiva para essa área, o objetivo desse estudo foi identificar se alunos com deficiência física possuem atividades desse tipo em seu cotidiano domiciliar e escolar e se fazem uso de recursos especiais para elas. Participaram do estudo dois alunos com deficiência física, seus cuidadores e seus professores de educação física, com a aplicação do instrumento PEDI para a caracterização da funcionalidade e três roteiros de entrevista semiestruturada. O tratamento dos dados foi feito pela análise descritiva com o software Atlas TI. Nesse trabalho serão apresentados os resultados sobre a percepção dos alunos. O participante 1, com 12 anos, possui quadro de escoliose congênita e cursa o 6°ano do ensino fundamental. O PEDI indicou comprometimentos funcionais na área de locomoção, necessitando de auxílio para realizar as atividades. O participante 2, com 11 anos, possui quadro de lesão medular nível T1/T2 e cursa 5° ano do ensino fundamental. O PEDI indicou que possui comprometimentos funcionais na área de autocuidado, especificamente no controle urinário e intestinal, necessitando de alto nível de assistência do cuidador, assim como comprometimento na função de locomoção, utilizando a cadeira de rodas. Os resultados das entrevistas indicaram que os alunos  não participam ou participam pouco das atividades de esporte e lazer, tanto em casa, como na escola. As atividades de lazer ou esportivas no contexto domiciliar são mais prejudicadas do que na escola, de forma que o segundo ambiente passa a ser o único onde é prevista a prática de atividade física. A cadeira de rodas foi o recurso de tecnologia assistiva mencionado pelos participantes. Considera-se que a participação nessas atividades deve ser favorecida e pode ser potencializada nas intervenções com essa população.

deficiência física; atividade de lazer; tecnologia assistiva